Meus devaneios

DRAMAS DE UMA ESCRITORA RECÉM-NASCIDA

Capítulo 1: Como tudo começou

Eu sempre gostei de histórias, logicamente, essa paixão começou com os contos de fada. E a partir do momento que eu comecei a ouvir, também passei a gostar de contar e inventar. Mas a verdade é que todos têm boas histórias: alguns (mais reservados) não gostam de compartilhar; outros pensam não ter nada de útil pra dividir e os mais ousados, inquietos e criativos vão à busca de olhos e ouvidos... Hahaha ... Assim como os seus. Eu adoooro contar os meus dilemas, os meus êxitos, meus dramas, meus sucessos, fracassos, mas e principalmente, meus devaneios.
Depois de alfabetizada, logicamente, passei a registrar todos esses delírios e parafernálias nas páginas dos meus “amigos imaginários”: os diários. (até porque, nem sempre tinha alguém disposto a me dar ouvidos)
Certa vez, numa de minhas mudanças, estava selecionando o que levar e o que desapegar, deparo-me com três baita caixas repletas de diários... Entro num duelo iminente com meu “self”: “Não isso eu não posso me desfazer, é a minha vida”. “Mas pra que ficar guardando toda essa coisarada?” “Será que eu virei uma “acumuladora” do passado?” “Sim, com certeza.” 
E foi assim, reencontrando todas as minhas vivências que eu descobri o que mais gosto de fazer: escrever e contar histórias. Isso me fez muito bem: ri, chorei e me emocionei por incontáveis vezes. Tive a oportunidade de sentir tudo de bom de novo e superar as experiências ruins, pois coloquei tudo que estava "guardado" pra fora revivendo tudo outra vez. 
Depois de um ano, comecei a perceber que "a coisa" estava ganhando uma forma legal: “Que tal colocar tudo num livro!” “Tá, mas quem vai se interessar por isso?” “Tem gente pra tudo, né?“ “Ai, sei lá”. “Tem tanta história legal...” “Tá bom... Então as caixas vão só até eu registrar no computador”.
Assim, passei a "enfeitar" a história, enriquecendo diálogos e cenários. E a "coisa" passou a ficar cada vez melhor. Desde então, não passo nem um dia sem escrever... foi um despertar pra vida.
Enfim, passados 3 anos: “Ufa!” “Acabei!” “Nem acredito!” “Tá, agora bota essas tralhas fora.” “Será?” (Foi tudo pro lixo e eu me consumi pelo remorso) “Tá tudo registrado.” “Nem tudo!” “Agora já era!”
Aí descobri que essa, na verdade, é a parte mais fácil: “A parte mais fácil?” “Éh, o mais difícil é editar.” “PQP!” “Mais difícil que passar o último ano dormindo 3 ou 4 horas por noite?” (sim porque além de escritora, sou esposa dedicada e apaixonada, mãe de 2 princesinhas amadas, mas que não têm botão liga/desliga)
Agora vem a parte mais difícil. “Como assim? O mais difícil não era editar?” “Era até então... Agora preciso divulgar.” “PQP! E isso é tão difícil assim?” “Muuuito, pra começar, preciso me familiarizar mais com a internet.” “Mas eu não tenho intimidade com esse bicho.” “Tem que fazer um blog”.
Criado o blog: “Mas é muita orientação, botão disso, botão daquilo... Levei horas; no outro dia acordei e fui conferir como estava: “Como não existe?” “Acho que esqueci de salvar.” “Éh uma anta!”
Fiz outro e pedi pras minhas amigas verificarem: “Tá te achei... mas não consigo postar nada, nem te seguir e também não dá pra abrir o que tu postaste.” “Mas que “M”, mesmo.” “Que saco isso, né?!” “Bem que poderia vir tudo pronto.” “Eu só queria escreveeeeer...” Então, estou aqui , assim como a Dorothy do Mágico de Oz, atrás de um caminho e como a Alice no País das Maravilhas atrás de respostas.


Capítulo 2: Chegaram os meus BB's



          E são lindos, né? Quem olha assim (prontinho saindo do forno) acha que é fácil... Como tudo na minha vida, foi uma "mão de obra". O importante é não desistir (nunca), porque empecilhos sempre irão surgir (assim do nada). O mais grave na fase de publicar, foi quando estava na última revisão (às 4h da madrugada?!), meu not foi invadido por um vírus que deletou todos os últimos dados registrados. "Mas que M é essa" "PQP". Eu precisava enviar pra gráfica na primeira hora da manhã pra dar tempo de ficar pronto pro lançamento na Feira do livro de Pelotas.
           Resumindo, quando o relógio bateu 8h ainda não tinha conseguido recuperar os dados (e não consegui até hoje). Então enviei como estava (sem dois capítulos). Foram horas exaustivas de trabalho em vão, talvez o "Destino" quisesse assim ou talvez o "Acaso" achou melhor sucumbir essa parte da história. Vai saber, né?
          Estávamos (eu, meu príncipe e minhas princesinhas) na casa da sogrinha quando a transportadora ligou dizendo que não estava localizando o endereço de entrega. Pedi pra esperarem onde estavam que iríamos encontrá-los. O relógio marcava 11 da manhã e o termômetro registrava 39º. Chegando no local... Nada deles! - Vou ligar pra ver onde estão... O celular estava sem bateria... Ficamos indo e vindo naquela rua e a angústia se manifestando no estômago.  Então desci do carro e fiquei plantada na esquina enquanto Encantado continuava rodando com o carro.
          Então, depois de 15 minutos, o caminhão apareceu. Eles tinham ido comprar água?!? Engoli a raiva e não xinguei ninguém. hehe - O mais importante é que meus filhos chegaram!!!
          Eu nem acreditei quando olhei pra eles pela primeira vez, senti o cheirinho e peguei eles no colo. A emoção apareceu e me consumiu por inteira, não conseguia parar de chorar. Dizem por aí que o livro é como um filho... Claro que o amor nem se compara, mas toda aquela parte da fertilização (a melhor parte) quando as ideias vão sendo registradas; a gestação (o passo a passo da formação) e o parto (o primeiro contato) são bem semelhantes.
- Lovinha... Não chora muito porque tens entrevista daqui a pouco. (Encantado depois de 1 baita abraço)
- Entrevista?! Não fala essa palavra que já me dá um nó na garganta... Eu nuca fiz isso antes!
- Fica tranquila, tu vais te sair bem... é só pensar que tá falando comigo... tu sempre tens uma opinião pra tudo.
- Tá... mas não vamos mais falar sobre isso... não quero sofrer por antecedência, tipo um peru de Natal.




Capítulo 3: Divulgar é a "alma" do negócio (em breve)




Nenhum comentário: